sexta-feira, novembro 17, 2006

Assim chegamos LÁ!

Educação ocupa sétimo lugar entre as prioridades do País, diz Ibope

21:36 16/11

SÃO PAULO - Pesquisa divulgada pelo Ibope nesta quinta-feira diz que a educação está em sétimo lugar entre as prioridades da população. Além disso, afirma que apenas 29% dos estudantes têm conhecimento sobre as avaliações básicas públicas, dentre elas, exames como Saeb, Enem e Prova Brasil.

Outra curiosidade é a baixa participação dos pais na vida escolar de seus filhos, 73% não acompanham o rendimento deles. O levantamento também apontou que 44% das pessoas nunca acompanharam e não tem interessse em saber sobre o investimento público na educação.

Reflexo desse desinteresse é a própria falta de participação dos alunos. Apenas 14% participaram de grêmios estudantis e 16% fizeram parte de conselhos escolares.

Pela ordem os setores que mais preocupam a população são: saúde (43%), desemprego (41%),fome/miséria (31%), segurança pública (31%), corrupção (27%), drogas (24%) e depois educação (15%).

----- Breve comentário por Pedralli

Infelizmente os governantes ainda não descobriram o elemento principal da famigerada "Fórmula do Crescimento" é a EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA, DE QUALIDADE E ATUALIZADA!
Pleiteio em defesa da educação pelo simples motivo de acreditar que está nela, obviamente a longo prazo a solução de nossos problemas mais gritantes.
Creio que PPPs (Parcerias Público Privadas) possam injetar novo espírito no ensino superior, incentivando a pesquisa e modernizando as universidades sucateadas. Um modelo de parceria empresa-universidade que gera resultados (apesar da empresa ser uma estatal bi-nacional) é a vinculação dos cursos de ciências exatas da UNIOESTE (Universidade do Oeste do Paraná) ao PTI (Parque Tecnológico de Itaipu). No PTI, os acadêmicos dispõe de toda a estrutura para o desenvolvimento do curso (restaurante, salas amplas, iluminadas e climatizadas, laboratórios exemplarmente equipados...) e, mais importante de tudo, PROFESSORES todo o ano, o que já não acontece há 5 km dali, na sede da UNIOESTE-FOZ, onde fica a direção do campus. Na sede, os cursos "não exatas" sofrem com a falta de professores, biblioteca desatualizada, salas quentes e onde muitas vezes falta até com o que escrever no quadro.
Este contraste é o retrato da força de vontade, de fazer acontecer. Lição para os políticos de boa vontade que viabilizaram o projeto. Por que não passar adiante? A pergunta fica no ar. Lamento.
Defendo ainda um aumento na oferta de cursos de ensino médio técnico profissionalizante. Se a falta é de profissionais capacitados para o mercado, por que não capacitá-los?

A educação profissional deve preparar os alunos desenvolvendo uma mentalidade de educação contínua e de interesse pelo aprendizado e pela descoberta, o que fará com que se tornem melhores profissionais, mais flexíveis, criativos, que saibam trabalhar em grupo. Enfim, pessoas que encontrem novas soluções para novos problemas. (SALOMÃO; LOPES, 2006)¹

Esta pequisa (topo) demonstra a falta de interesse da população na educação.
Resta a nós analisarmos as razões desse ocorrido. O Brasil infelizmente não carrega uma cultura de super-valorização do ensino. Muitas vezes o pai se orgulha mais do novo emprego do filho de 17 anos que de sua entrada na universidade. É o panorama social brasileiro.
Observa-se na pesquisa que o tema saúde é o mais crônico num país onde mulheres grávidas dão a luz no banheiro do hospital por falta de leitos e pelo descaso. É inegável que, apesar de estar em segundo lugar, o desemprego é o fantasma nacional. Sem emprego, logo há a redução do cidadão á miséria e obviamente um miserável tende se preocupar (obviamente) com o de comer que com novos livros em escolas públicas. É fato. Reverter o caso é obrigação pública.
Talvez se este cidadão obtivesse melhor formação estaria hoje gozando de sua plena cidadania.
Até podem discordar, mas eu simpatizo, e muito com as políticas sociais do governo Lula com relação ao bolsa escola. Defendo a tese com uma frase: "De barriga vazia não tem como estudar". Tire a prova real: jejue até a meia tarde e vá ler um livro.
Portanto, essas políticas ajudam a minimizar a revolta social e automaticamente inserem a criança no âmbito escolar. É um bom começo.


¹ SALOMÃO, Luciana F. Cauhi; LOPES, Marta Putini. Investigação e pesquisa: compromisso social da Universidade. Profissão Docente Online, Uberaba, [200?]. Disponível em: http://www.uniube.br/institucional/proreitoria/propep/mestrado/educacao/revista/vol01/03/luciana.htm Acesso em: 19 de outubro de 2006.

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