terça-feira, dezembro 19, 2006

[POLÍTICA] Mais uma deles!


Apesar da pressão, Aldo diz que decisão sobre salários será mantida.

A pressão popular contra o reajuste salarial de 91% para deputados e senadores não foi suficiente para fazer os parlamentares voltarem atrás na decisão de aumentar seus salários para R$ 24.500.

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse nesta segunda-feira que o aumento foi uma decisão tomada em conjunto por líderes e pelas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, portanto, será mantida. "Não se trata da defesa da manutenção do teto, mas de se manter a decisão dos líderes e das Mesas."

O parlamentar considerou "legítima" as manifestações que se espalharam pelo país contra o reajuste. "Todas as manifestações em um país democrático, desde que mantidas pela legalidade, são legítimas." Apesar de manter o aumento, Aldo reconheceu que o valor dos novos salários dos deputados e senadores é muito maior do que o da maioria dos salários recebidos pelos brasileiros. "Num país onde há tantas desigualdades, não há o que se comparar o que recebe um deputado, um procurador, com salário mínimo, o que seria uma disparidade."

O presidente da Câmara afirmou estar consciente de que será julgado pelos brasileiros por ser um dos que concordaram com o reajuste, mas negou que a decisão sobre o aumento tenha sido tomada no "apagar das luzes" da atual legislatura. "O país pode fazer este julgamento. Mas há a tradição de rever subsídios no final de cada legislatura."

"Eh... Agora não pode mais nem reclamar!"



Aldo apresenta medidas para tentar minimizar impactos do reajuste

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília


Na tentativa de minimizar os impactos negativos provocados pela decisão de aumentar para R$ 24.500 o salário de deputados e senadores, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), convocou entrevista nesta segunda-feira para apresentar medidas que, segundo ele, poderão absorver os gastos relacionados ao reajuste.

Aldo vai apresentar um projeto de decreto legislativo que acaba com o pagamento do 14º e 15º salários aos deputados, exceto para aqueles que chegam à primeira legislatura e para os que vão deixar a Câmara sem terem conseguido se reeleger.

"O deputado receberá no ano da eleição uma ajuda única, assim como aqueles que estão saindo, no valor equivalente a um salário [R$ 24.500]", explicou Aldo. Para ser aprovado, no entanto, o projeto precisa ser votado no plenário da Casa.

Aldo também anunciou cortes em despesas na Câmara no valor de R$ 157,3 milhões --valor que, segundo ele, será capaz de absorver os impactos do reajuste, calculado em R$ 157,2 milhões.

Entre os cortes previstos para 2007, estão a demissão de 1.100 funcionários que ocupavam cargos comissionados, o adiamento da construção de um prédio anexo à Câmara e da reforma de apartamentos funcionais, assim como cortes de gastos com serviços e compra de material.

O presidente da Câmara também se comprometeu a propor à Mesa Diretora da Casa a devolução de 100 imóveis funcionais que não estão sendo ocupados por parlamentares, mas geram despesas.

Apesar de todos os cortes, a verba indenizatória dos parlamentares, no valor de R$ 15 mil, será mantida. Aldo vai propor, apenas, que todas as despesas dos deputados com elas sejam publicadas na internet para que a população saiba exatamente como o parlamentar usou o dinheiro.


"No bom português... 'me engana que eu gosto!' Maravilha! Fevereiro começa o carnaval dai o povo já esquece!"




Nenhum comentário:

 
Visitante(s) Online no BLOG.