segunda-feira, maio 21, 2007

[TECH] Um LINUX para todos! » estou usando ubuntu 7.04 agora «

Mais do que uma versão do Linux, o Ubuntu é um divisor de águas. O sistema operacional não é apenas tão simples quanto o Windows; é, em muitos pontos, mais fácil de usar do que o rival.

Quem se aventurar a instalar o Ubuntu precisará apertar menos botões e responder a menos perguntas do que aqueles que fizerem o mesmo com o Vista.

A aparência da área de trabalho do sistema gratuito é surpreendente. Mesmo máquinas não tão potentes poderão contar com recursos avançados.

Boa parte dos méritos para o sucesso dessa distribuição Linux, que virou febre com milhões de cópias baixadas e tradução para 35 idiomas, é do empresário sul-africano Mark Shuttleworth.

Shuttleworth, que foi um dos primeiros turistas espaciais civis do mundo, investiu cerca de US$ 25 milhões para contratar desenvolvedores e espalhar o Ubuntu aos quatro ventos.

A idéia deu certo. Recentemente, a Dell, uma das maiores fabricantes de micros, anunciou que venderá micros com o Linux do sul-africano. E, no início do mês passado, a "Wired" (www.wired.com) premiou Shuttleworth com um Rave Award.

O que é que ele tem?

Baixado gratuitamente em www.ubuntu-br.org, o Ubuntu 7.04, depois de gravado em um CD, funciona sem ser instalado no disco rígido.

Isso permite que o usuário confira se o sistema é compatível com a sua máquina e com os seus acessórios. Basta colocar o CD do Ubuntu no drive e reiniciar o PC.

Se tudo der certo, o sistema e seus programas ficam à disposição para a avaliação. Se agradar, a instalação definitiva do Linux no micro segue sem problemas. As instruções são em português, e o Ubuntu reconhece o
hardware da máquina sozinho.

Quem tem o Windows instalado precisa tomar muito cuidado, pois a opção que vem marcada como padrão instala o Ubuntu em todo o disco rígido, apagando informações já gravadas.

Para evitar a perda de dados, é preciso separar um espaço do disco rígido (partição) só para o novo sistema.

Após a escolha do local de instalação, é só criar uma senha de acesso e informar os dados para a conexão com a internet.

Desde a primeira vez que carrega, o sistema busca atualizações on-line. Essa é uma das suas principais características: usar acervos externos para encontrar acessórios que facilitam o uso e a instalação de novos programas .

No item correspondente ao "Adicionar/Remover Programas" do Windows, o usuário acessa um menu que mostra uma série de programas para o Ubuntu. Basta clicar na descrição dos softwares, esperar que eles sejam baixados e instalados automaticamente e usá-los.

No depósito de aplicações, é possível encontrar jogos, editores de texto, assistentes para conexão sem fio e mais uma infinidade de programas.

Todos os arquivos de configuração necessários para que os programas recém-baixados funcionem são copiados automaticamente. O mesmo é feito com as atualizações do sistema.

Beleza pura

Os efeitos visuais da área de trabalho, ativados com os pacotes Beryl e Compiz, estão em pé de igualdade com os recursos do Windows Vista e do Mac OS X.

Com o Beryl, que pode ser baixado e instalado automaticamente, o usuário conta com mais de dez animações diferentes para tarefas como maximizar e minimizar janelas. Entre as opções estão janelas que explodem, esticam e dão piruetas na tela.

Outro atrativo é a animação para mostrar os vários desktops do Linux. Diferentemente do Windows, que tem apenas uma área de trabalho, o sistema livre pode simular várias telas iniciais.

Arrastando uma janela até a borda da tela, o sistema gira a imagem como se fosse um cubo. Para lançar mão desses artifícios, o Ubuntu não exige uma máquina superpotente.

Nos testes da reportagem, máquinas com memória RAM de 512 Mbytes, em que o Vista funciona com dificuldades, usaram todos os recursos do Beryl sem apresentar lentidão.

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