terça-feira, junho 12, 2007

[CIÊNCIA] Cientistas desenvolvem plástico que pode se regenerar sem a intervenção externa.

Um material de polímero que pode se regenerar repetidamente após se romper acaba de ser desenvolvido por pesquisadores da University of Illinois da Urbana-Champaign (UIUC), nos Estados Unidos. Este material é capaz de se regenerar diversas vezes sem intervenção externa, segundo informações do Technology Review.

O primeiro material de auto-regeneração foi relatado pelos pesquisadores da UIUC há seis anos. Outros grupos de pesquisa criaram diferentes versões destes materiais, incluindo polímeros que emendam a si mesmos repetidamente quando sujeitos a calor ou pressão. Contudo, esta é a primeira vez que um material pode se reparar inúmeras vezes sem intervenções externas, de acordo com a pesquisadora e professora da UIUC, Nancy Sottos.

O novo material foi desenvolvido para imitar a pele humana, e consiste em uma camada de polímero epóxi (tipo de cola muito resistente) depositada em uma base, que contém uma rede de comunicação tridimensional de micro canais. A camada de epóxi contém partículas catalisadoras, enquanto os canais da base estão preenchidos com um agente líquido de cicatrização.

Para testar o material, os pesquisadores romperam a camada de polímero. A fenda se espalhou na camada e alcançou o microcanal abaixo desta. A fenda entrou, então, em contato com o catalisador e, 10 horas depois, se tornou um polímero e preencheu a fenda. O sistema não precisa de nenhuma pressão externa para enviar o agente de cicatrização na fenda.

Os pesquisadores conseguiram romper e “cicatrizar” a superfície sete vezes antes do catalisador parar de funcionar. A próxima geração de materiais que se auto-regeneram provavelmente o fará mais vezes, segundo os pesquisadores.

O desenvolvimento de microcanais de materiais poderia solucionar o crescente problema de aquecimento em chips microeletrônicos. Os pesquisadores poderiam ainda utilizar o mesmo design com outra resina e combinações catalisadoras que possam formar diferentes polímeros. Com isto, outras aplicações poderiam se beneficiar da tecnologia, como implantes médicos.

Nenhum comentário:

 
Visitante(s) Online no BLOG.